Melhores profissionais têm 9 comportamentos específicos

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Nove comportamentos diferenciaram os melhores profissionais em uma pesquisa que conseguiu delimitar a forma de trabalhar praticada pelos melhores em comparação com os demais. O estudo é da consultoria norte-americana Zenger/Folkman, que consumiu cinco anos de trabalho, utilizou 4.000 funcionários e levantou mais de 50.000 avaliações, e tem alguns anos, mas os resultados seguem válidos atualmente.

O trabalho mapeou o que chamaram de comportamentos de liderança – ressaltando que isso não deve ser exclusivo do universo do líder, mas de funcionários de todos os níveis hierárquicos que queiram diferenciar-se na construção da carreira profissional. Desses comportamentos identificados, a classificação de produtividade dos profissionais considerados bons fica entre 40 e 70 pontos percentuais, sendo que a performance considerada ótima chega a 90 pontos percentuais.

No universo pesquisado, os bons profissionais obtiveram uma média geral de 46 pontos, mas os melhores marcaram 89 pontos – uma larga diferença que, certamente, faz outra larga diferença no ambiente de trabalho e nos resultados.

Essas habilidades de liderança que apontam os bons e os melhores profissionais são a habilidade de fornecer feedbacks honestos, não apenas a liderados, mas a todo e qualquer colega, sendo feedback positivo ou mesmo negativo; a resiliência que permite aos melhores aprenderem com erros, com o passado e com exemplos, sem negligenciar ou camuflar os próprios erros; o senso de justiça ao tomar decisões, sabendo analisar alternativas e efeitos; a responsabilidade para com compromissos assumidos e para com a equipe, planejamentos e prazos; a capacidade de ter iniciativa e se antecipar; a capacidade de dar publicidade ou compartilhar ideias; a aceitabilidade frente a mudanças; o espírito voluntário que faz com que os melhores abrace, oportunidades de representar a equipe inclusive a outros departamentos fomentando intercâmbio e relacionamentos; o espírito colaborativo com a crença de que o trabalho em equipe pode gerar resultados mais ricos do que a ação individual e, finalmente, a disponibilidade para superar metas sem o receio de que isso acarrete mais cobranças.

“Essa pesquisa bate numa tecla que é uma das notas principais do concerto – o autoconhecimento. Mapear competências é abrir um universo riquíssimo para o profissional e imprescindível para a empresa que busca resultados legítimos – aqueles que a diferenciam enquanto ambiente de trabalho, enquanto marca, enquanto qualidade”, explica o consultor de recursos humanos, Dimas Facioli, da Facioli Consultoria, que trabalha com negócios em todo o país.

O mapeamento de competências não é ferramenta nova no mundo corporativo. Dimas Facioli utiliza um software especializado que avalia o profissional com base num banco de dados que acumula informações de mais de 250 mil relatórios de 30 mil profissionais de alto nível hierárquico de 23 países ao redor do mundo. “Com ele, é possível analisar várias competências, além das nove aqui citadas, e mensurar em quais o profissional está em sua zona de conforto, ou zona de esforço – neste caso a competência não está devidamente desenvolvida e precisa ser trabalhada se for importante e imprescindível para sua área de trabalho”.

O consultor ainda ressalta que este tipo de mapeamento para o autoconhecimento é o que sinaliza para o profissional como gerenciar sua carreira e, para a empresa, qual é o time que ela tem e onde pode chegar com ele. “Em suma, os negócios estão nas mãos de gente e de competências; não de planejamentos e metas”, conclui.

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