Edifícios sustentáveis já são realidade no mercado imobiliário de Ribeirão

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Construtoras investem em novas tecnologias para transformar os empreendimentos em estruturas sustentáveis; movimento é benéfico não apenas para o meio ambiente, mas também para o bolso de moradores e investidores

 

Baixo uso da eletricidade, geração de energia própria e o reuso da água já são realidade em diversos empreendimentos de Ribeirão Preto. Preocupadas com os impactos ambientais que os edifícios podem trazer ao meio ambiente, as construtoras planejam a entrega de seus projetos contemplando novas tecnologias que ajudam a transformar os prédios em estruturas sustentáveis.

O Brasil está entre os países com mais edifícios verdes no mundo. Ao todo, são mais de 400 que contam com a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema de orientação ambiental de edificações usado em mais de 130 países. Além desta, há ainda várias outras certificações que conferem credibilidade e atestam a responsabilidade social e ambiental do empreendimento.

“Cada vez mais fica claro que os prédios precisam ser projetados com foco na sustentabilidade”, afirma Hilton Hugo da Silva Fabbri, diretor da Hugo Engenharia. A construtora emprega em suas obras conceitos de sustentabilidade desde a construção, com o descarte inteligente e gestão dos resíduos das obras. De acordo com Fabbri, há bags e caçambas específicas para cada tipo de material, sendo que alguns são reaproveitados ou entregues a uma cooperativa de recicláveis. Estima-se que em cada obra é possível reaproveitar cerca de 30 m³ de materiais por mês, em média, o que pode chegar a 900 m³ ao longo da construção de um novo empreendimento.

Na entrega das chaves, os moradores passam a residir em um prédio pensado na sustentabilidade, com foco na economia de energia e água. O mais recente lançamento da construtora em Ribeirão Preto, o Fiúsa One, por exemplo, terá um sistema de reaproveitamento de água resultante da condensação nos aparelhos de ar-condicionado que permitirá a irrigação das áreas de paisagismo do condomínio e a limpeza das áreas comuns. Além disso, o empreendimento contará com um sistema de geração de energia elétrica a partir da captação solar por meio de placas fotovoltaicas, instaladas na cobertura do prédio. A energia produzida será utilizada na iluminação de áreas comuns do condomínio, reduzindo o consumo, em média, em 35%.

A construtora, inclusive, foi visionária e pensou em ações sustentáveis ainda pouco populares no Brasil, mas que trarão ganhos futuros para o meio ambiente, como o totem para abastecimento de veículos elétricos. No Fiúsa One, por meio de um sistema com medidor inteligente, será possível calcular o gasto de cada unidade com o abastecimento dos veículos elétricos, que poderá ser realizado com agendamento prévio.

Muitas dessas tecnologias para reuso de água e economia de energia já são incorporadas pela empresa em seus projetos. O Tapuias Residencial, empreendimento recém construído em Ribeirão Preto, por exemplo, será entregue em breve aos moradores com todos esses diferenciais.

Melhores investimentos

O movimento para a construção de prédios sustentáveis é algo vantajoso não apenas para o meio ambiente, mas também para o bolso dos moradores e investidores. Além da economia de energia e água gerada, que impacta diretamente no valor do condomínio com reduções nos custos, os conceitos sustentáveis adotados pelas construtoras ajudam na valorização do imóvel.

Pesquisa realizada pela Universidade de Harvard em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostrou que os edifícios sustentáveis têm maior valor no aluguel. A diferença de preço do metro quadrado chega a ser de mais de R$ 30. Além disso, ter uma certificação verde diminuiu a vacância de apartamentos em cerca de 9%. O estudo levou em consideração os empreendimentos certificados pelo sistema LEED em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“Além do conforto e segurança, as pessoas hoje se preocupam muito com questões relacionadas à sustentabilidade, o que faz com que os empreendimentos pensados com esse foco atraiam mais a atenção de quem busca um lugar para morar e, consequentemente, dos investidores”, explica Marcelo Chibeni, diretor da Hugo Engenharia.

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