Setor de Serviços continua com o melhor desempenho na criação de empregos

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Diferente do cenário nacional, Região Administrativa de Ribeirão Preto apresentou quadro de demissões líquidas

O Boletim Mercado de Trabalho do CEPER/Fundace, que analisa dados de mercado de trabalho divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que no mês de agosto o Brasil, o estado de São Paulo, e os municípios paulistas monitorados confirmam a recuperação do mercado de trabalho.

Diferentemente deste cenário porém, a Região Administrativa de Ribeirão Preto (RARP) e os municípios de Sertãozinho, Franca e Campinas que apresentaram demissões líquidas no período.

Todas as regiões analisadas tiveram desempenho favorável nos últimos doze meses em comparação com o resultado do ano anterior, embora o acumulado ainda se mantenha com saldo de demissões líquidas.

Entre os setores analisados, a Agropecuária foi o que mais demitiu, sendo o Cultivo de Café o segmento com pior desempenho. Por outro lado, o setor de Serviços foi o que mais contratou. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou segunda alta consecutiva para o mês de agosto, o que sinaliza maior confiança dos empresários do setor com as atuais condições políticas e econômicas do país.

Números por região –  O estado de São Paulo foi responsável pela criação de 17.320 vagas no mês de agosto deste ano, revertendo o saldo negativo de agosto de 2016, quando foram fechados 4.498 postos de trabalho.

A Região Administrativa de Ribeirão Preto (RARP) registrou o fechamento de 102 postos líquidos de trabalho em agosto de 2017, montante que representa uma reversão negativa do cenário do mês anterior, quando houve a criação de 196 vagas líquidas. O setor da Construção Civil registrou o maior volume de demissões: 287 vagas líquidas.

Ribeirão Preto registrou a abertura de 51 postos de trabalho no mês de agosto de 2017, montante positivo mas inferior ao saldo registrado em julho. A Indústria apresentou o maior volume de demissões no segmento Fabricação de Produtos Alimentícios, com a destruição de 85 vagas líquidas. O Setor que mais contratou foi o Comércio, sendo o segmento de Comércio Atacadista de Produtos Siderúrgicos e Metalúrgicos responsável pela criação de 73 postos líquidos de trabalho.

O município de Sertãozinho encerrou o mês de agosto de 2017 com a destruição de 189 vagas líquidas, montante superior ao mesmo período de 2016, no qual foram registradas a criação de 28 vagas. Somente o setor Serviços apresentou contratações líquidas.

O município de Franca registrou em agosto a destruição de 348 vagas líquidas de trabalho, o que representa um aumento das demissões em relação a julho, quando foram registradas 37 demissões. Houve criação de 115 vagas líquidas no Comércio. Por outro lado, os setores Indústria e Agropecuária foram responsáveis pelo maior número de fechamentos de vagas. No acumulado entre setembro de 2016 e agosto de 2017 foram registradas 1.683 demissões líquidas, montante que apesar de negativo é inferior às 2.934 demissões líquidas registradas nos doze meses imediatamente anteriores.

Campinas  encerrou o mês de agosto de 2017 com a destruição de 384 postos líquidos de trabalho. Indústria e Serviços foram responsáveis por 225 e 400 demissões líquidas, respectivamente, sendo os segmentos de Serviços de Catering e Bufê, com 158 demissões, e Atividades de Teleatendimento, com 173 demissões, os maiores responsáveis por este desempenho.

O município de São José do Rio Preto registrou a abertura de 667 postos líquidos de trabalho no mês de agosto de 2017, montante positivo e superior ao mesmo mês do ano anterior. O setor de Serviços foi responsável pela maior parte destas contratações, sendo o segmento Locação de Mão de Obra Temporária responsável por 123 vagas líquidas.

Desemprego – As informações disponibilizadas pela PNAD contínua do IBGE indicam uma melhora no mercado de trabalho, refletida em uma taxa de desocupação estimada em 12,6% no trimestre móvel referente aos meses de Junho a Agosto de 2017. Isso representa uma queda de 0,7 pontos percentuais frente ao trimestre móvel anterior (entre Março e Maio de 2017), quando essa taxa atingiu o patamar de 13,3%. Apesar dessa melhora, na comparação com o mesmo trimestre de 2016 (entre Junho a Agosto de 2016), quando a taxa de desocupação fora estimada em 11,8%, o quadro de elevação da taxa de desocupação permanece.

Quanto ao número de pessoas desocupadas, entre Junho a Agosto de 2017, foi estimado um contingente de 13,1 milhões de pessoas, uma diminuição de 658 mil pessoas na condição de desocupados frente ao valor apresentado no trimestre móvel anterior, quando essa cifra atingiu 13,8 milhões de pessoas. Quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, quando o número de desocupados foi estimado em 12 milhões de pessoas, houve um incremento de 1,1 milhões de desocupados na força de trabalho, o que representa um crescimento de 9,1%.

Por sua vez, o rendimento real habitual médio recebido pelas pessoas ocupadas entre Junho a Agosto de 2017 fechou com a cifra de R$ 2.105, um valor estável comparado aos R$ 2.116 recebidos no trimestre anterior, e aos R$ 2.066 do mesmo trimestre de 2016.

O Boletim completo pode ser acessado no site da Fundace através deste link: https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201710_00320.pdf

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