Joselia Aguiar volta à curadoria da Flip para a edição de 2018

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Após uma edição marcada pelo aumento no número de autoras mulheres, da maior participação de escritoras e escritores negros e de editoras de pequeno porte, Joselia Aguiar volta à curadoria da Flip que, em 2018, acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty.

A Festa Literária que, em 2017, trouxe uma nova forma de ocupação dos espaços públicos, ao centralizar suas ações na Praça da Matriz de Paraty, revitalizada em 2012, terá entre suas principais características a busca por novas formas de união das dimensões urbana e cultural. “A Flip é um momento no qual você pode fruir a cidade potencializada pela arte e pela literatura. É o momento para recordar o que falta nas grandes cidades brasileiras: o diálogo entre o espaço urbano e seus moradores e visitantes, que nós desejamos fortalecer nessa 16ª edição”, afirma o diretor geral da Flip, Mauro Munhoz. “Esse diálogo só é possível por meio da integração das artes com os espaços públicos, no que a Flip é pioneira, transformando a cidade em um espaço de fruição, troca de ideias e convivência democrática, que se casam com a proposta curatorial de Joselia Aguiar.”

A curadora diz que, no seu segundo ano, fará a mesma “pesquisa ampla em busca de novas vozes, modos de ver e construir narrativas, combinar linguagens e inventar sentidos.” De novidade para 2018, pretende também “descobrir como contribuir para a formação de plateias para uma festa literária como a Flip, a formação de leitores capazes de compreender linguagens e sentidos.”

Em dias conturbados como os de hoje, Joselia Aguiar ressalta que não se pode prescindir de abrir espaços para ver, ouvir e ler. “Mais do que nunca é preciso aproximar o leitor da literatura e da arte, para tornar nosso ar mais arejado, ampliar nosso horizonte e aprofundar o entendimento das pessoas e do mundo”.

A curadora

Joselia Aguiar nasceu em Salvador (BA) e vive em São Paulo. É jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (BA), mestre e doutoranda em história pela Universidade de São Paulo (USP). Em jornalismo, de início trabalhou com assuntos internacionais. Na Folha de S. Paulo, foi repórter, redatora e correspondente em Londres. Assinou depois uma coluna e um blog de livros.  Editou a EntreLivros, revista mensal sobre livros entre 2005 e 2008, já extinta. Foi curadora do Festival da Mantiqueira (2014) e da Festa Literária Internacional de Paraty (2017). É professora do núcleo de não ficção no Instituto Vera Cruz e já ministrou oficinas de escrita de não ficção no Sesc. Participou de júris de prêmios como Oceanos, Portugal Telecom e São Paulo de Literatura. A convite da editora Três Estrelas, escreveu a biografia do escritor Jorge Amado, projeto iniciado em 2011, cujo lançamento ocorrerá em breve.

Flip 2018

A 16ª edição da Flip acontece de 25 a 29 de julho em Paraty.

Quem faz a Flip

A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público e sem fins lucrativos que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Há mais de vinte anos, desenvolve ações capazes de potencializar importantes transformações no território, a exemplo da Flip. Em Paraty, onde a associação se originou, esse processo levou à realização de ações de permanência, como a Biblioteca Casa Azul e o Museu do Território de Paraty, que seguem em funcionamento durante todo o ano.

Patrocínio

A programação da Flip é realizada por meio da lei de incentivo à cultura do Ministério da Cultura do Governo Federal. Patrocínios em captação.

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