André Aciman, de Me chame pelo seu nome, participa da Flip 2018

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Seu romance inspirou filme de Luca Guadagnino que concorreu ao Oscar deste domingo

André Aciman, autor de origem egípcia radicado nos EUA, está confirmado para a Flip 2018, que acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty. Me chame pelo seu nome (Call me by your name), seu romance de formação sobre desejo e memória, se tornou cult, foi levado às telas pelo diretor italiano Luca Guadagnino e concorre neste domingo ao Oscar em quatro categorias:  Melhor Filme, Melhor Ator (Timothée Chalamet), Roteiro Adaptado (James Ivory) e Melhor Canção Original (“Mystery of Love”). “Aciman vai tratar de exílio, da escrita da memória e do desejo, de paisagens e identidades múltiplas e multiculturais, temas interditos e Proust”, diz Joselia Aguiar, curadora da Flip 2018.

 

O autor

André Aciman nasceu em Alexandria, Egito. Filho de judeus sefardistas, cresceu numa casa onde se falava uma variedade de idiomas, como francês, italiano, árabe e grego. A família, como outras de origem judaica, foi expulsa do Egito e exilou-se na Itália. Sobre a experiência do exílio, Acimanescreveu o premiado livro de memórias Out of Egypt  (1995). Mas foi com Call me by your name (2007), também premiado e visto como um moderno clássico bissexual, que Aciman se tornou mais conhecido na última década.

 

Doutor em literatura comparada pela Universidade Harvard, foi professor na Universidade de Princeton e atualmente leciona no The Graduate Center em Nova York, Estados Unidos. É também pesquisador da literatura do século 17, dedicado particularmente ao estudo de Proust. Ao todo, são sete livros publicados, entre eles três romances. Colabora para veículos como a New Yorker, o New York Times e o Paris Review.

 

O livro

Publicado no Brasil pela Intrínseca, Me chame pelo seu nome tem como cenário a Itália onde o autor viveu. Seu protagonista e narrador, Elio, de 17 anos, vive o impacto do primeiro amor ao conhecer Oliver, um norte-americano atraente e evasivo que se hospeda na casa de veraneio da família, na Riviera italiana, para trabalhar como assistente de pesquisa do pai de Elio, professor de universitário.

 

A versão cinematográfica – que tem coprodução brasileira – estreou nos Estados Unidos no final de 2017 e foi indicada ao Globo de Ouro em três categorias, inclusive a de Melhor Filme de Drama.

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